Primo Levi morreu em 11 de abril de 1987, em Turim. Por ocasião do aniversário de sua morte, Giorgio Berruto volta às peripécias de sua recepção e de seu reconhecimento na Itália; isto é, à maneira pela qual Primo Levi como testemunha teve de aguardar antes de ser reconhecido como o imenso escritor que é hoje, unanimemente celebrado.

Se, a princípio, Primo Levi foi percebido como uma testemunha de Auschwitz — aquele que ofereceu a imagem mais exata e mais marcante do campo —, hoje é considerado um clássico da literatura italiana do século XX e um autor de alcance universal.
Como ressalta Marco Belpoliti, um dos principais especialistas italianos do autor de Se questo è un uomo, é evidente que estamos diante de uma grande testemunha porque temos diante de nós um grande escritor — e não o inverso. Muitas testemunhas escreveram sobre os campos, mas poucos escritores o fizeram como Primo Levi.
As primeiras dificuldades editoriais
No entanto, o escritor turinense teve dificuldade em se tornar conhecido após a Segunda Guerra Mundial. Foi nos meses que se seguiram ao seu retorno à Itália — uma viagem longa e cheia de peripécias, que ele contou em La tregua — que Primo Levi escreveu aquilo que se tornaria Se questo è un uomo [É isto um homem].
Ele enviou o manuscrito ao editor turinense Einaudi, que recusou publicá-lo. O livro acabaria por ser publicado em 1947 por uma pequena editora, De Silva, antes que a própria Einaudi o reeditasse mais de dez anos depois, em 1958.
O verdadeiro diretor da Einaudi, o escritor Cesare Pavese — antifascista, mas que, no entanto, não havia tomado parte ativa na Resistência — foi, ao que tudo indica, o homem que, juntamente com Natalia Ginzburg, decidiu não publicar o livro.
Como escreve Belpoliti no volume Primo Levi di fronte e di profilo (Guanda) [Primo Levi de frente e de perfil], a recusa “não é tanto fruto de uma incompreensão, antes de uma escolha editorial deliberada”, que se explica pelos numerosos livros sobre a guerra civil e a deportação já publicados nos dois anos anteriores e por suas más vendas.
Mas a publicação recusada pela Einaudi tem também outra causa igualmente importante, de natureza linguística, sobre a qual voltaremos adiante.
De todo modo, é apenas na segunda metade dos anos cinquenta, depois da morte de Pavese e em um contexto histórico diferente, que a Einaudi decide finalmente reunir a memória da guerra dos partigiani e do antifascismo militante e publica, em 1958, Se questo è un uomo, numa versão revisada e profundamente modificada por Levi.
O novo programa editorial atinge seu auge dois anos depois, no contexto dos protestos contra o governo democrata-cristão de Tambroni, sustentado por votos decisivos vindos do Movimento Social Italiano, o partido neofascista.
A Einaudi decide então republicar a primeira obra de Levi na nova série “Leituras para a escola primária”. O texto passa, então, a alcançar de fato o mundo escolar.
Em 1963, La tregua [A trégua]é igualmente publicada pela Einaudi e recebe o prêmio Campiello. Nos vinte e cinco anos seguintes, a editora publicará contos (Storie naturali, Vizio di forma, Il sistema periodico, Lilít), poemas (Ad ora incerta), uma antologia pessoal de leituras (Alla ricerca delle radici), romances (La chiave a stella, Se non ora, quando?), e textos diversos (L’altrui mestiere), dentre eles um ensaio (I sommersi e i salvati), última obra do autor, na qual ele retorna à sua experiência em Auschwitz.
Apesar disso, Primo Levi — já notado pelo público, mas ignorado pela crítica — continuava a ser considerado, antes de tudo, uma testemunha.

A reviravolta no reconhecimento de Levi
O historiador Alberto Cavaglion, um dos grandes especialistas de Levi, recorda que “há uma ruptura na recepção de Primo Levi que não pode ser ignorada”.
Segundo ele, para compreender o sucesso de Levi, é essencial levar em conta a “mudança brusca dos últimos anos de sua vida, depois que Saul Bellow e, em seguida, Philip Roth favoreceram a introdução de seus livros nos Estados Unidos”.
Mas esse sucesso, por ricochete, obtido do outro lado do Atlântico, só ocorre dois ou três anos antes de sua morte, em meados dos anos 1980.
Antes disso, Levi era um autor muito popular — seus livros ganhavam prêmios, suas tiragens eram elevadas —, mas ele não recebia atenção do mundo universitário nem da grande imprensa, onde obteve apenas algumas poucas, embora boas, críticas.
Ele não fora entrevistado por grandes nomes da imprensa nem por intelectuais italianos reconhecidos. Seu sucesso americano — mas também, o que é mais triste, sua morte — projetaram os holofotes sobre sua pessoa, sua vida e sua obra.
Primeiros interesses literários
Em 11 de abril de 1987, Primo Levi lançou-se do alto da escada do prédio onde vivia, no número 75 do Corso Re Umberto, em Turim.
Nos anos seguintes, muitas pessoas começaram a lê-lo ou relê-lo, frequentemente à luz de seu suicídio. “Naquele momento”, explica Cavaglion, “os maiores intelectuais italianos, o mundo universitário e os críticos da imprensa se apoderaram de sua figura, e o interesse por Levi não fez senão crescer nas décadas seguintes.”
Esse entusiasmo gerou um sucesso planetário extraordinário, com traduções e reedições contínuas de seus livros, publicações póstumas, conversas e entrevistas, além de edições completas de suas obras — já realizadas três vezes, cada uma mais documentada do que a anterior.
Entretanto, muitos daqueles que começaram a falar de Levi como de um grande clássico da literatura universal o haviam, em vida, interrogado como testemunha dos Campos, sem considerá-lo como o autor de obras verdadeiramente literárias.
Seus livros — sobretudo os primeiros — foram relegados à categoria de testemunho.
É preciso também lembrar que sua morte coincidiu com um período histórico particular: o ano de 1987 precedeu em pouco a queda do Muro de Berlim, o fim da Guerra Fria.
Além disso, em 1988, o quinquagésimo aniversário das leis raciais na Itália marcou uma redescoberta do antissemitismo de Mussolini e, indiretamente, estimulou o interesse pela obra de Levi.
Levi começa a ser reconhecido como escritor
Durante toda a vida, Levi não frequentou o meio editorial nem se aventurou pelo lado da escrita experimental que estava em voga.
Para a crítica, permaneceu essencialmente o químico que descrevera a deportação e o difícil retorno ao país — numa linguagem considerada excessivamente clássica.
Ou melhor… Na realidade, as coisas haviam começado a mudar lentamente com a publicação de La chiave a stella [A chave estrela], em 1978.
Embora o livro reúna vários relatos curtos — isto é, contos —, pode ser considerado seu primeiro romance.
Como Levi confidenciou a Giorgina Arian Levi, que o entrevistou então para o jornal judaico turinense Ha Keillah, ele estava feliz por poder se dedicar a uma obra de ficção e, assim, tentar escapar da definição rígida de “escritor dos Campos”.
La chiave a stella, uma epopeia irônica sobre o trabalho manual, suscitou críticas da esquerda radical pela ausência de politização de seu protagonista, o operário-montador Faussone. Ainda assim, conquistou o prestigioso Prêmio Strega e relançou as vendas de seus livros anteriores, que hoje se contam em centenas de milhares de exemplares.
Entrevistado por Antonio De Benedetti no Corriere della Sera, Levi declarou que sua intenção, com La chiave a stella e com o livro anterior Il sistema periodico [A tabela periódica], era romper a rígida divisão que, na Itália, opunha as ciências humanas às ciências chamadas formais — divisão que em geral levava à desvalorização destas últimas.
Levi explicou, nessa entrevista, que “mesmo o trabalho de um pequeno mecânico pode ser fonte de inspiração e, portanto, de narrativa”.
Alguns poucos críticos começaram então a interessar-se por sua obra e a notar a falta de reconhecimento de que era vítima.
Foi o caso de Giovanni Tesio, que em 1979 observou, na revista Belfagor, que “ninguém no mundo literário se interessava por Levi. Fui o primeiro a considerá-lo escritor, mais do que testemunha e cronista dos Campos”.
Nesse momento, Levi, estava aposentado de sua carreira de químico e era cada vez mais solicitado a falar nas escolas.
Esses anos de falar como testemunho também foram os anos das controvérsias sobre o negacionismo, que tomava cada vez mais espaço no debate público.
Levi ficou particularmente perturbado pela intervenção do revisionista francês Robert Faurisson, publicada no Le Monde de 29 de dezembro de 1978, que colocava em pé de igualdade sua tese pseudo-histórica sobre a inexistência das câmaras de gás e o testemunho de um ex-deportado.
Levi respondeu às “elucubrações indecentes” de Faurisson escrevendo no La Stampa e concedendo numerosas entrevistas.
Mas, mais uma vez, era a testemunha, e não o escritor, que despertava o interesse.

Um reconhecimento vindo das margens do mundo literário
O sucesso americano de Primo Levi, que atingiu seu ponto alto em meados da década de 1980, acabou por consagrá-lo na Itália e no mundo.
No entanto, os livros de Levi já vinham sendo traduzidos havia anos — em certos casos, havia décadas — para as principais línguas europeias.
Cavaglion explica essa diferença de recepção no exterior:
“É preciso distinguir entre os primeiros livros, traduzidos muito cedo, mas que tiveram difusão limitada, e aqueles que, nos últimos anos, foram reeditados com novas traduções. Mesmo fora da Itália, Levi não despertou interesse crítico antes dos anos 1980. Na Alemanha, por exemplo, foi o próprio Levi quem provocou e sustentou esse interesse: controlava as traduções, cuidava da recepção, escrevia aos leitores, porque lhe importava profundamente ser lido e conhecido pelos leitores germanófonos.” (Uma seção de I sommersi e i salvati é, aliás, dedicada à correspondência com leitores alemães.)
Na mesma época, ele não era muito popular na França e nunca chegou a ser realmente reconhecido ali em vida.
É curioso observar que Levi já havia anunciado as linhas mestras de seu destino em sua autobiografia Il sistema periodico — livro fundador que primeiro consolidou sua reputação de químico, antes da de escritor.
Como frequentemente ocorre com a fama dos escritores europeus, o interesse do continente veio na esteira de uma descoberta americana.
Depois das intervenções decisivas de Bellow e Roth, Levi desejava viajar aos Estados Unidos para uma turnê que certamente teria sido uma plataforma de lançamento.
Mas precisou renunciar por causa da doença e do cansaço.
Era um autor de sucesso, mas relativamente isolado, distante dos círculos literários. Solicitavam a ele opiniões de “sábio” sobre temas científicos — por ser químico — ou sobre política internacional, especialmente os conflitos do Oriente Médio.
Sim, ele era entrevistado; mas os jornalistas eram, em geral, repórteres políticos que lhe pediam análises políticas, sem interrogá-lo sobre a singularidade de seus livros ou sobre a originalidade de suas fontes literárias.
O interesse por Levi enquanto escritor é, portanto, essencialmente póstumo.

Se o interesse da crítica por Levi foi tardio, o de numerosos jovens estudantes remonta ao início da década de 1960, quando Se questo è un uomo começou a ser introduzido nas escolas italianas.
“Isso teve grande influência sobre sua difusão junto ao público”, observa Cavaglion.
“A edição escolar de Se questo è un uomo e de La tregua, sobretudo, alcançou tiragens altas, em grande parte graças à escolha pessoal de professores que trabalhavam com o texto, ainda que sem dispor de uma bibliografia crítica comparável à disponível para outros escritores contemporâneos — de Calvino a Moravia, passando por Bassani.”
Hoje, continua Cavaglion, “como Levi é considerado um autor fundamental da literatura italiana do século XX, até mesmo seus livros de contos conhecem um sucesso retrospectivo.
Mas quem viveu em Turim na época em que saíram as coletâneas de ciência e ficção científica — Storie naturali, publicado primeiro sob o pseudônimo Damiano Malabaila, e Vizio di forma — lembra que Levi raramente aparecia em entrevistas e que, em lançamentos de livrarias, não havia muita gente para ouvi-lo.”
Ao contrário, hoje — prossegue Cavaglion — “é o Levi literário, dialético, curioso pela ficção científica e pelas linguagens, que desperta o interesse. Os estudos sobre Levi sofreram uma virada completa, tornando-o o segundo autor mais estudado na Itália, logo depois de Calvino.”
O aspecto linguístico da obra de Levi conta hoje entre as principais causas de sua crescente notoriedade.
Sua escrita, que ele mesmo definiu como de uma “clareza laboriosa”, é ao mesmo tempo clara, clássica e fruto de origens variadas
Se o estilo de Levi é essencial para compreender seu imenso sucesso nas últimas três décadas, ele também ajuda a entender por que lhe foi tão difícil conquistar reconhecimento no pós-guerra.
Como escreveu Belpoliti, Se questo è un uomo, do ponto de vista linguístico e narrativo, “não se parecia com os livros daquela época”.
Outro importante especialista nos estudos sobre Levi, Domenico Scarpa, observa que a escrita de Calvino em Il sentiero dei nidi di ragno (também publicada em 1947), e mais ainda a de Vittorini, Pavese e Natalia Ginzburg — os principais autores e editores da Einaudi — eram escritas experimentais, que privilegiavam o diálogo, a oralidade e a imediatidade das descrições. Eram representantes do que então se chamou neo-realismo (termo que, mais tarde, seria abandonado e aplicado apenas ao estilo cinematográfico).
A escrita de Levi não tem nada disso: é, ao contrário, a linguagem do liceu clássico italiano, a da formação humanística escolhida pelo fascismo, sob os auspícios do filósofo Giovanni Gentile, para moldar uma nova classe dirigente.
No pós-guerra, o idioma de Levi — tão rico em referências a Dante, Manzoni e Leopardi — soava antiquado aos ouvidos dos autores da Einaudi, que esperavam que a literatura evoluísse em direção à imediatidade e ao popular.
As palavras de Gilles Deleuze e Félix Guattari a propósito de Kafka se aplicam perfeitamente para compreender a rejeição inicial de Se questo è un uomo: “é um livro escrito numa língua estrangeira à sua própria época”.
Primo Levi em presença de uma seleção de seus livros

Um autor que tornou-se clássico
Em seus livros posteriores, Primo Levi jamais abandonará o registro clássico e, inclusive, intervirá em um debate que opunha duas formas de escrita: de um lado, aqueles para quem é preciso “escrever de modo claro”, e de outro, os partidários de uma “maneira obscura”. Ele toma o partido da “maneira clara”.
É claro que a sua clareza é composta, marcada não apenas pela tradição literária italiana, mas também por seu legado judaico, por uma educação positivista, pela química entendida como vocação e profissão no sentido weberiano do termo e, sobretudo, pela recusa do dualismo neoidealista e fascista entre espírito e matéria, história e engajamento, contemplação e ação.
A tudo isso se somam uma curiosidade irreprimível e uma confiança profunda na literatura como a mais alta expressão da humanidade.
Assim, em um capítulo de Se questo è un uomo, “Il Canto di Ulisse”, Levi, durante a distribuição de comida, tenta explicar a seu companheiro alsaciano Jean Samuel, chamado Pikolo, a última aventura do herói grego na versão de Dante. É então que, ao não conseguir lembrar-se de parte do canto, confessa que daria sua porção de sopa — um miserável caldo aguado que mal lhe permite sobreviver — apenas para reencontrar na memória aqueles poucos versos.
As lições aprendidas durante os anos no liceu clássico se reencontram também na atenção quase filológica que Levi dedica às palavras, das quais examina a etimologia e o sentido. Ainda em “O canto de Ulisses”, ele escreve, recordando Dante:
“Eu me lancei ao mar aberto… Este verso, sim, deste estou certo; faço questão de explicar a Pikolo, de fazê-lo ver por que misi me (literalmente, ‘pus a mim mesmo’) não é ‘pus-me’: é algo muito mais forte, muito mais audacioso do que isso; é romper um vínculo, lançar-se deliberadamente contra um obstáculo a ser vencido.”
(Traduzido do italiano por Martine Schruoffeneger, 1987).
Levi também bebeu na linguagem falada, no mundo da fábrica, no judaísmo piemontês e, como bom químico, dosa os compostos para formar novas combinações linguísticas.
Escrever é uma tarefa longa e difícil, segundo suas próprias palavras, “uma passagem da escuridão à luz”, do mesmo modo que as figuras de Michelangelo emergem naturalmente do mármore. Lixar e fresar as palavras e as frases, como retirar do mármore os fragmentos supérfluos, é aplicar um princípio de economia e buscar a elegância.
“Concentrar, cristalizar, secar à bomba, lavar e recristalizar”: assim ele descreve a preparação do sulfato de zinco em La Tavola Periodica, mas essa descrição também poderia traduzir sua concepção da profissão de escritor.
No entanto, como mostra claramente Robert Gordon, há um substrato sombrio na obra de Levi, que vem impregnar o seu lado solar e que, de tempos em tempos, aflora à superfície — como nos contos de Storie naturali e Vizio de forma, ou nas digressões antropológicas, astronômicas, filosóficas e até entomológicas do livro L’altrui mestiere.
Segundo Gordon, não se deve concluir daí a existência de um Primo Levi expressionista ou irracional, mas sim reconhecer nesse intervalo a realização de uma síntese entre racionalidade e inconsciente, entre Iluminismo e ilusão, entre realismo e fantasia.
É aí que emerge uma fascinação pelas causas desconhecidas e misteriosas — as mesmas causas perseguidas pelo desenvolvimento moderno da antiga alquimia, a química —, descrita no conto “Idrogeno” como “uma nuvem indefinida de poderes futuros” e um instrumento que permite “raspar as entranhas do mistério com nossas forças”.
Escrever, isto é, avançar rumo à clareza, é portanto, antes de tudo, uma forma de pôr ordem.
Segundo as palavras do crítico Cesare Cases, Primo Levi continua sendo a melhor “propaganda viva do velho liceu clássico”.
“A posição de quem tenta atualizar a bibliografia de Levi é pouco invejável; viajamos no ritmo de quatro ou cinco monografias a cada três meses, às quais é preciso acrescentar conferências no mundo inteiro”, sorri Cavaglion.
Desde 2008, o Centro Internacional de Estudos Primo Levi, sediado em Turim, promove sua obra e oferece um ponto de referência aos pesquisadores.
Após a edição completa de suas obras publicada em 2015 nos Estados Unidos por Ann Goldstein e a de 2017-2018 na Itália em três volumes prestigiosos (um deles composto exclusivamente de entrevistas), sob a direção de Belpoliti, espera-se agora a atualização da bibliografia editada por Scarpa — resultado de um imenso trabalho de pesquisa — bem como novos volumes reunindo todos os textos de Levi e aqueles a seu respeito.
A isso devem-se somar dezenas e dezenas de exposições, adaptações teatrais, monografias e teses de doutorado, conferências — testemunhos de um interesse agora incontrolável.
A tal ponto que se pode afirmar hoje, sem medo de ser contradito, que o testemunho de Primo Levi tornou-se enfim um grande clássico da literatura italiana.
Giorgio Berruto